quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Imprevisíveis caminhos sem solução


Hoje estive olhando o céu por um tempo e pude refletir olhando as aves que voavam e cantarolavam, pousadas na maior das árvores da escola.
Dei maior atenção á uma delas, que voava sozinha, distante do bando, longe das outras aves.
Ela voava em círculos e parecia procurar por algo que eu não sabia.
Alguns minutos se passaram e ela permaneceu a circular aos arredores, sem um pouso sequer.
Pude me comparar a esta ave. (ultimamente me comparo á tudo) Que, diferente das que estavam felizes em bando, presenciava um ar de solidão.
Vivo sozinha, andando em um caminho monótono e irrelevante.
Ensisto em dar longas caminhadas, sem destino algum.. eu as percorro em vão.
Notei que a verdadeira alegria pode estar ao meu lado, onde eu menos imaginar... O difícil, para mim, é só enxergar.
Meu convívio com as pessoas na maioria das vezes é distante e frio. É como se eu tivesse de me privar do contato mais próximo com elas.
Sou eu quem quis assim. Não quero, mas sou assim.
Consigo ficar satisfatóriamente bem quando encontro um ser causador.
Me esforço ao máximo para ver bem as pessoas que amo, mas não fico a vontade quando se esforçam para me ver bem, pq eu penso que sou capaz de fazer isto sozinha. Isso é uma grande farsa.
Quem vive só, em função de satisfações próprias, vive em um vazio.
Tenho um mundo distante, que é só meu. Um mundo onde pouquissimas pessoas entraram, e o mínimo delas permaneceram.
Um mundo de sonho e vontades, onde faço de tudo e não existem decepções.
Um mundo perfeito... Mas mítico e sem conteúdo.
Não passam de ilusões esperançosas, que me fazem prender à elas sozinha, punindo á mim mesma e castigando o meu próprio ser.
Desencadeando em mim reações que desconheço.
Existe solução ?
Algo pode mudar este sentir... Algo poderá mudar esta permanência em uma dimenção na qual ensisto em viver só, por falta de um alguém inestimável ?
Há solução para a ave que voa sozinha sem destino, sem saber oq vai procurar, oq vai encontrar ?
São passos incertos, trajetos indestinados aos quais eu permaneço á percorrer sem ter uma mínima noção do quanto podem me prejudicar.

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