É tanta perdição que já nem sei como me perder ...
É tanta experiência que um dia te dá a vontade de ser irresponssável.
Com certeza, sem certeza ?
Loucuras me sobem a cabeça.
Vejo uma sombra, vejo trilhos, vejo um caminho escuro e a frente uma luz, bem fraca que que vai diminuindo de tamanho e intencidade conforme vou me aproximando.
Oque seria essa luz? Talvez esperança ou talvez a perdição. Não sei, não sei, não me pergunte.
Continuo caminhando com a sombra atrás, ouço os meus passos e sinto uma tonteira repentina e caio ao chão.
Ele vém. Vem e me acode. Me abraça, vê minha pulsação, me abraça novamente e despara a chorar.
Sinto bem de leve um toque, fraco nos lábios... escorrendo lágrimas. Lágrimas que ele deixou cair.
E foi a última coisa boa que senti, não muito bem mais pude sentir.
Me carregou nos braços e saiu caminhando, com tanto cuidado e dedicação que parecia que era a última coisa que fosse fazer e devia fazer bem feito.
E foi mesmo, a última coisa que fez.
Ele na verdade, me levava para um penhasco, onde se amarrou a meu corpo frio, e se jogou.
Novamente a luz... A luz ! não me pergunte, novamente .... Ela brilhava dessa vez mais forte a cada vez que me aproximava, era tão intensa que quase me cegou, mesmo com olhos fechados. Me perdi meio a esta luz. Não havia mais nenhum corpo junto ao meu e eu não sentia mais nada a não ser alucinações, loucas alucinações.
